O leitor Luís Coelho fotografou estas libélulas nos arrabaldes de Abrunheira, Sintra, a 13 de Outubro e pediu ajuda na identificação. Albano Soares responde.
“Depois das chuvas de Outubro, encontrei uma pequena depressão no terreno que acumulou a água da chuva. Fiquei curioso ao observar estas libelinhas a sobrevoar aquelas águas, tanto mais que elas estavam presas uma à outra, pela cauda de uma à cabeça da outra. E ainda mais curioso fiquei quando dei conta que elas ‘picavam’ a água com a ponta da cauda da libelinha posterior. Elas eram pelo menos cinco casais nesta atitude continuada. Isto aconteceu no dia 13 de Outubro de 2024, cerca das 13 horas nos arrabaldes de Abrunheira-Sintra”, escreveu o leitor à Wilder.
Tratam-se de libélulas-de-nervuras-vermelhas (Sympetrum fonscolombii).
Espécie identificada e texto por: Albano Soares, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.
Esta é uma das libélulas mais comuns em Portugal. Pode ser avistada em qualquer parte do território e, pelo menos no Sul do país, em qualquer altura do ano.
Reproduz-se em águas paradas ou com pouca corrente, mesmo nos lagos urbanos. As larvas aguentam águas com falta de oxigénio e até com alguma poluição.
Esta espécie faz movimentos migratórios regulares no final do Verão e no Outono, cujo alcance ainda não conhecemos.
Agora é a sua vez.
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