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Que espécie é esta: lagostim-vermelho-do-Louisiana

25.03.2022

O leitor Luis Caseiro encontrou um lagostim a 12 de Fevereiro junto ao rio Arunca, Pombal, e pediu para saber a que espécie pertence. Filipe Ribeiro responde.

“O meu nome é Luis Caseiro e encontrei este pequeno lagostim no dia 12.2.2022, num terreno agrícola junto ao Rio Arunca em Pombal. Gostaria de saber mais sobre esta espécie”, escreveu o leitor à Wilder.

Tratar-se-á de lagostim-vermelho-do-Louisiana (Procambarus clarkii).

Espécie identificada por: Filipe Ribeiro (SIBIC-MARE – Projeto LIFE INVASAQUA)

Esta é uma espécie exótica invasora com um grande sucesso. Em 40 anos, o lagostim-vermelho-da-Louisiana entrou em Portugal e espalhou-se por todo o país. É uma das espécies exóticas invasoras mais perigosas.

Esta espécie nativa da América do Norte, que entrou em Portugal em 1979, está espalhada por, pelo menos, 11 bacias hidrográficas de Norte a Sul: Douro, Leça, Vouga, Mondego, Lis, ribeiras do Oeste, Tejo, Sado, Mira, ribeiras do Algarve e Guadiana.

É um predador voraz de anfíbios – como a salamandra-de-costelas-salientes (Pleurodeles waltl) e a rela (Hyla arborea) -, insectos e plantas e é temido pelos orizicultores, que vêem as galerias escavadas pelos lagostins secar os seus campos de arroz.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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