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Que espécie é esta: lagarta da borboleta Orgyia antigua

12.10.2020

A leitora Sofia Costa fotografou esta lagarta em Paradela, a 10 de Outubro, e pediu ajuda para saber a espécie. Albano Soares responde.

“Encontrei esta lagarta lindíssima. Gostaria de saber o que é”, escreveu Sofia Costa à Wilder.

A lagarta foi encontrada no concelho de Águeda, união de freguesias de Recardães e Espinhel, mais precisamente em Paradela, junto ao rio Cértima.

Trata-se da borboleta nocturna Orgyia antigua.

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

O que vemos na foto é uma lagarta de uma borboleta nocturna da família Erebidae chamada Orgya antigua.

“As lagartas têm este ar engraçado de escova de dentes com corpinhos peludos”, disse anteriormente à Wilder Eva Monteiro, investigadora do Tagis. 

Mas atenção! Não tocar, estas lagartas são urticantes. 

Alimentam-se de folhas de várias espécies de árvores caducifólias.

Os machos adultos têm quatro asas castanhas de aspecto aveludado com um ponto branco junto à margem posterior de cada uma das asas anteriores. 

As fêmeas só parecem cabeça, tórax e abdómen, sem quaisquer vestígios de asas, a maior parte das vezes nem se quer se afastam do casulo, de onde libertam feromonas para atrair os machos para a cópula.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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