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Que espécie é esta: lagarta da borboleta Esfinge-da-euforbia

02.12.2021

O leitor Vítor Azevedo fotografou estas lagartas em Setembro, “há alguns anos”, na Tapada de Mafra e quis saber qual a espécie a que pertence. Eduardo Marabuto dá-lhe a identificação.

“Estas lagartas foram fotografadas em Setembro, há já alguns anos, na Tapada de Mafra. Será que me podem dizer qual o seu nome?”, perguntou o leitor à Wilder.

Trata-se da borboleta nocturna Esfinge-da-euforbia (Hyles euphorbiae).

Espécie identificada e texto por: Eduardo Marabuto, entomólogo.

Estas espectaculares lagartas são de Hyles euphorbiae (Sphingidae), uma espécie que depende destas plantas (eufórbias) para se desenvolver.

É uma espécie interessantíssima com diversas formas distintas pela enorme área de distribuição que vai da Sibéria e Ásia central até à ilha da Madeira, incluindo o norte de África.

Em Portugal está presente em todo o país mas é mais rara no Algarve e Alentejo.

É mais frequente vermos as lagartas em finais de Verão, entre Agosto e Novembro.

As cores vivas servem para avisar potenciais predadores da sua toxicidade, se algum as tentar comer!


Agora é a sua vez.
Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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