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Que espécie é esta: lagarta da borboleta bucéfala-de-cabeça-bege

09.11.2021

O leitor Miguel Pires fotografou estas lagartas a 23 de Outubro em Porto da Espada, Marvão, e quis saber qual a espécie a que pertence. Eduardo Marabuto responde.

“Encontrei esta lagarta a comer folhas de um castanheiro que não sei a que espécie pertence. Podem ajudar a identificar?”, escreveu o leitor à Wilder.

Tratam-se de lagartas da borboleta bucéfala-de-cabeça-bege (Phalera bucephala).

Espécie identificada e texto por: Eduardo Marabuto, entomólogo.

São lagartas de Phalera bucephala (Notodontidae), uma notável espécie que na fase adulta se assemelha a um tronco partido.

Existe um pouco por toda a Europa mas as populações de Portugal e Espanha são ligeiramente diferentes das outras. 

O observador não precisa de as recolher já que estando na fase final de desenvolvimento, não comerão muito mais.

Comem folhas de castanheiro (e outras folhosas) mas no geral são inofensivas para as árvores.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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