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Que espécie é esta: hidrozoário Velella velella

27.11.2019

A leitora Isabel Vaz fotografou esta espécie a 23 de Novembro na praia da Fonte da Telha, Almada, e quis saber qual o seu nome. A equipa do GelÀVista dá-lhe a identificação.

A espécie que observou é o hidrozoário (cnidaria) Velella velella.

Espécie identificada por: Equipa do GelAVista, do Grupo de Oceanografia e Plâncton do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

A Velella velella é um hidrozoário, ou seja, um ser vivo aquático que pertence ao filo Cnidaria, o qual tem cerca de 3.200 espécies conhecidas até hoje. O nome hidrozoário vem das palavras gregas hydra (serpente d’água) e zoon (animal).

Isabel Vaz encontrou no areal da praia a fase adulta da Velella velella. Antes de terem este aspecto, estes organismos desenvolveram-se na coluna de água, em colónias de indivíduos.

A estrutura semelhante a uma cartilagem é a estrutura da vela da Velella, já seca.

Esta espécie é muito confundida com a caravela-portuguesa (Physalia physalis).  

Segundo o GelAVista, “a diferença mais óbvia entre as duas é que a Velella tem uma vela triangular e a Physalia tem um flutuador em forma de balão”.

Além disso, a Velella é pouco urticante e a Physalia é muito urticante, podendo causar queimaduras graves.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


Saiba mais.

Conheça melhor o trabalho do GelAVista, um projecto de Ciência Cidadã do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) sobre os gelatinosos da costa portuguesa. E como pode participar no registo de espécies de organismos gelatinosos.

As suas observações são tão importantes no Inverno como no Verão. De acordo com o IPMA, basta enviar informação sobre o avistamento para o email do projecto, [email protected]. Neste, deve incluir dados sobre a data, local, número de organismos observados e ainda uma fotografia dos mesmos, sempre que for possível.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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