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Que espécie é esta: hera

03.03.2022

Um grupo de alunas do Colégio Militar, em Lisboa, fotografou esta planta a 9 de Fevereiro no espaço escolar e quer saber qual é a espécie. Carine Azevedo responde.

Trata-se de uma hera (Hedera helix L.).

Espécie identificada e texto por:  Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

Esta é uma hera (Hedera helix L.), também conhecida como hera-comum e é uma espécie da família Araliaceae, nativa da Europa.

A hera é uma planta ornamental muito popular, valorizada pela sua capacidade de se desenvolver em locais de sombra e por ser uma excelente alternativa para a cobertura do solo. Além disso, a presença de raízes adventícias ao longo dos caules semi-lenhosos permitem que cresça como uma planta trepadeira, ao longo de diversos tipos de estruturas, sendo ideal para o cobrir paredes, muros e grades. 

As folhas são simples, persistentes, verde-escuras, brilhantes, coriáceas, e podem ser variegadas de branco, prata ou amarelo, de acordo com as diversas variedades. 

As flores são hermafroditas e ocorrem agrupadas em pequenas umbelas (inflorescências). Ocorrem na primavera e no verão, são amarelo-esverdeadas e não possuem qualquer interesse ornamental, no entanto, são bastante atrativas para as abelhas e as borboletas.

Os frutos são globosos, negros e pequenos e embora sejam tóxicos para o homem, servem de alimento a muitas aves.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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