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Que espécie é esta: grilo Gryllus bimacullatus

26.07.2019

A leitora Laura Santos filmou e fotografou um insecto a 18 de Julho, na sua casa em Odemira, e pediu para saber a espécie e se era macho ou fêmea. Eva Monteiro responde.

“Parece fêmea, mas tinha entendido que nos grilos só o macho ‘cantava'”, disse Laura Santos, numa mensagem enviada à Wilder.

Vídeo: Laura Santos

Trata-se com efeito de um grilo, da espécie Gryllus bimacullatus (Ordem Orthoptera, Família Gryllidae).

Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

A cantar como se vê no filme (vídeo acima), através da fricção das asas anteriores quase totalmente levantadas, só poderia ser um macho de grilo (Família Gryllidae).

Macho de grilo da espécie Gryllus bimacullatus. Foto: Laura Santos

Os saltões (Ordem Orthoptera, Família Tettigoniidae) também cantam pela fricção das asas anteriores, mas não levantam as asas. Já as cigarras (Ordem Homoptera, Família Cicadidae) cantam através da vibração de órgãos especializados – os tímbalos – localizados na base do abdómen.

Todos estes insectos cantam para atrair as fêmeas da sua espécie, por isso cada canto é único e serve para identificar diferentes espécies.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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