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Que espécie é esta: gorgulho

28.10.2020

O leitor Luís Marques fotografou este insecto na zona de Abrantes em 2009 e quis saber qual a espécie a que pertence. Eva Monteiro responde.

“Estou muito curioso em relação a este insecto amarelado”, escreveu Luís Marques à Wilder.

A espécie que observou é um gorgulho, da família Curculionidae.

Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

O insecto amarelado na folha desta malvácea é um escaravelho do género Lixus. 

Os Lixus pertencem à família Curculionidae, uma família com muitas espécies em Portugal e em todo o mundo a que pertencem os escaravelhos conhecidos como gorgulhos.

Estes caracterizam-se por ter a cabeça prolongada num “focinho” que, no caso do género Lixus, é especialmente prolongado.

Outra característica dos gorgulhos é terem as antenas a formar uma espécie de “cotovelo”.

Em Portugal há mais de 20 espécies de Lixus, todas elas de dimensões consideráveis.

Na mesma folha de malvácea vemos ainda outros três insectos, pretos e vermelhos. Estes são pequenos percevejos-das-lavateras (Oxycarenus lavaterae) pertencentes à Ordem Hemiptera e à família Lygaeidae. Como o nome indica aprecia lavateras, plantas da família malvácea.

Ambas as espécies de insectos são fáceis de observar em qualquer canteiro.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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