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Que espécie é esta: ganso-do-egipto

17.01.2022

Os leitores João e Isabel Patriarca fotografaram estas aves a 16 de Janeiro na ribeira entre a Amadora e Queluz, e pediram ajuda para saber qual a espécie. Gonçalo Elias responde.

“Dia 16 de Janeiro, eu e a minha esposa estávamos a atravessar a chamada Ponte Nova, por cima da ribeira que separa Amadora e Queluz, quando olhamos para a dita ribeira e nos deparamos com dois patos que nunca tínhamos visto por ali antes. A fauna da referida ribeira, junto à ponte, é geralmente composta por um grupo de patos-reais, que já chegou a ter mais de 40 elementos, e uma família de galinholas”, escreveram à Wilder.

Tratam-se de gansos-do-egipto (Alopochen aegyptiaca).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

Esta é uma espécie invasora, de origem africana que, segundo o portal Aves de Portugal, “tem vindo a ser observada com uma frequência crescente em diversos locais do território nacional e poderá estar em vias de estabelecer populações auto-sustentáveis”.

O ganso-do-egipto é uma grande ave aquática, maior do que um pato. Tem plumagem em tons cinzentos e acastanhados e uma mancha castanha em redor do olho.

“Em voo são bem visíveis as coberturas alares brancas, contrastando com as penas de voo pretas.”

Neste webinário do portal “Aves de Portugal”, Gonçalo Elias fala da situação da espécie em Portugal.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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