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Que espécie é esta: gaivota-argêntea

12.06.2019

O leitor Walter José dos Santos observou esta ave a 9 de Junho na Praia da Barra, em Aveiro, e pediu ajuda na identificação. Gonçalo Elias responde.

Walter José dos Santos queria saber também o que fazer no caso de encontrar uma ave com uma linha de pesca presa no bico, como esta gaivota.

Trata-se de uma gaivota-argêntea, que também tem o nome de gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

A ave que Walter encontrou é uma gaivota-argêntea imatura, explicou Gonçalo Elias.

Esta é uma gaivota grande, que mede entre 52 e 58 centímetros de comprimento. A envergadura de asa é de entre 120 e 140 centímetros.

Tem as patas e o bico amarelos e o dorso e as asas prateadas com pontas pretas e “pérolas” brancas, segundo o portal Aves de Portugal.

Os imaturos de 1º ano são castanhos e quase indistinguíveis das gaivotas-d’asa-escura. Já os de 2º e 3º ano é visível o dorso prateado, explica o portal.

Esta é uma espécie com um estatuto de conservação de Pouco Preocupante.

É comum durante todo o ano ao longo do litoral português, 
especialmente em praias, portos e na costa rochosa. No interior é uma espécie rara.

E o que devemos fazer se encontrarmos uma ave com um fio de pesca preso no bico?

Segundo Marisa Ferreira, coordenadora do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (CRAM) – Ecomare, na Gafanha da Nazaré (Ílhavo), “nestes casos o melhor é contactar um centro de reabilitação”.

“Muito provavelmente, na ponta do fio estará um anzol. Se o animal voar pode ser impossível capturar mas poder-se-á sempre tentar.”

No caso da gaivota que Walter encontrou, Marisa Ferreira disse que a equipa do Ecomare estará atenta, tanto mais que “é aqui ao lado do nosso centro”.

Aqui poderá encontrar a lista (e os contactos) de todos os centros de reabilitação em Portugal. E aqui mais dicas de como ajudar animais marinhos em dificuldades.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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