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Que espécie é esta: fungo Schizophyllum commune

11.10.2021

A leitora Fátima Loureiro fotografou estes fungos a 23 de Março de 2019 no Jardim Botânico do Museu do Traje, Lisboa, e pediu ajuda para saber qual a espécie. A associação Ecofungos responde.

“Encontrei estas belezas num tronco no Jardim Botânico do Museu do Traje em Lisboa. É líquene? Musgo?”, perguntou a leitora à Wilder.

Trata-se de uma Schizophyllum commune.

Espécie identificada e texto por:  Ecofungos – Associação Micológica.

Como o nome indica, é uma espécie muito comum e cosmopolita. Surge em vários hospedeiros, reciclando a matéria orgânica, enquanto espécie saprófita (decompositora).

Tem um himenófero (parte inferior do chapéu) com umas lâminas ramificadas e bifurcadas, muito bonito.
Sugerimos que, numa próxima oportunidade, a leitora Fátima tente registar fotos desta característica particular da espécie. Vai ficar surpreendida.

Esta espécie desenvolveu uma adaptação fantástica, que lhe permite sobreviver a diversos ciclos de hidratação e desidratação, ao longo do ano, ou anos. As suas lâminas bifurcadas, abrem e fecham, de acordo com estes ciclos, protegendo a parte fértil do cogumelo nas alturas mais críticas.

Também os pêlos na parte superior, contribuem para minorar a desidratação nesta espécie.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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