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Que espécie é esta: fungo Pisolithus arrhizus

07.11.2021

A leitora Ana Silva encontrou este fungo no Monte da Falperra, Guimarães, a 27 de Janeiro de 2018 e pediu ajuda para saber a espécie. A associação Ecofungos responde.

“Estava a caminhar pelo meio do monte da Falperra quando encontrei o que podem ver nas fotos em anexo. À primeira vista pensei que seriam excrementos de algum animal, mas encontrei muitos (mais de uma dezena, todos no mesmo caminho) e reparei que estavam a nascer da terra. Suponho que seja algum tipo de fungo, mas nunca tinha visto nenhum assim. Podem ajudar a identificar?”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de um fungo Pisolithus arrhizus.

Espécie identificada e texto por:  Ecofungos – Associação Micológica.

Trata-se de uma espécie da Família das Sclerodermataceae – uma Pisolithus arrhizus. 

É um fungo micorrízico, pelo que é muito importante no suporte que dá às árvores a que se associa.

É muito comum em zonas pedregosas, arenosas e associado a várias folhosas. Com frequência aparece em eucaliptais. 

Este tipo de fungos desenvolve um corpo frutífero (cogumelo) que não é mais do que uma grande massa de esporos, a qual, na maturação abre e expõe o seu conteúdo (milhões de micro esporos) ao ar, permitindo que, com auxílio do vento, chuva ou através da passagem de algum animal, se propaguem até distâncias longínquas.

Estes fungos eram usados na tinturaria tradicional. Aqui um blog onde a autora usa esta espécie nas suas experiências.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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