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Que espécie é esta: freixo-comum

28.04.2020

A leitora Maria José Seixas fotografou esta árvore a 12 de Abril em Oeiras e pediu ajuda para identificar a que espécie pertence. Filipe Covelo responde.

 

“Está a crescer furiosamente no canteiro em frente de minha casa, abafando tudo à roda. Os caracóis não lhe tocam mas comem o que sobra da roseira que ele já matou”, contou a leitora à Wilder.

 

Tratar-se-á de um freixo-comum ou freixo-de-folhas-estreitas a espécie (Fraxinus angustifolia).

Espécie identificada e texto por: Filipe Covelo, colaborador do Jardim Botânico e do Herbário da Universidade de Coimbra (UC), no âmbito do projecto PRISC (Portuguese Research Infrastructure of Scientific Collections). O Jardim Botânico da UC tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual pode enviar as perguntas e dúvidas que tiver sobre plantas ([email protected]).

As fotos são possivelmente da Fraxinus angustifolia Vahl subsp. angustifolia, dafamília Oleaceae (família da oliveira), de nome comum freixo-comum ou freixo-de-folhas-estreitas.

É uma subespécie nativa em Portugal assim como no Oeste mediterrânico. Existe um pouco por todo o país em margens de cursos de água e em bosques de cadúcifolias.

As suas folhas sofrem algumas alterações desde o estado juvenil até ao estado adulto, daí que as folhas da planta na foto sejam algo diferentes das que conhecemos do freixo-comum.

Para além da sua utilização como planta ornamental em ruas e jardins, foi também usada em carpintaria (ex: cabos de ferramentas e escadas de madeira) e na formação de cercas e sebes estabelecendo as divisórias em terrenos.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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