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Figueira-do-inferno. Foto: Patrícia Guerreiro

Que espécie é esta: figueira-do-inferno

30.08.2023

A leitora Patrícia Guerreiro fotografou esta planta a 15 de Agosto em Pinhal Novo, Palmela, e quis saber qual é a espécie. Carine Azevedo responde.

“Moro numa quinta em Olhos de Água, Pinhal Novo, Palmela, e tenho esta espécie no meu terreno. Podem dizer que espécie é? A foto foi tirada no dia 15 deste mês. Só aparece no verão e no final começa a secar”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma figueira-do-inferno (Datura stramonium).

Espécie identificada e texto por:  Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

Tudo indica que a fotografia diz respeito a uma figueira-do-inferno (Datura stramonium), também conhecida com castanheiro-do-diabo, estramónio, erva-do-diabo, erva-das-bruxas, erva-dos-mágicos, entre outros.

A figueira-do-inferno é uma planta da família Solanaceae, nativa da América Central. Em Portugal continental possui estatuto de espécie invasora e surge listada no Decreto-Lei nº 92/2019, de 10 julho

É uma planta herbácea anual que pode atingir até 2 metros de altura. Possui folhas largas, ovadas a elípticas, e com margem dentada a lobada, bastante evidente.

Floresce entre março e outubro e as suas flores são grandes e possuem corola afunilada, de cor branca ou ligeiramente púrpura. Os frutos são cápsulas ovóides, densamente revestidas por pequenos acúleos (espinhos). Cada cápsula produz inúmeras sementes negras.

Todas as partes da planta, e em especial as sementes, são muito tóxicas.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Equipa Wilder

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