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Que espécie é esta: escaravelho-das-flores Oxythyrea funesta

26.04.2021

A leitora Maria José Atalaia observou esta espécie a 2 de Abril em Lisboa e pediu ajuda na identificação. José Manuel Grosso-Silva responde.

“Este insecto foi fotografado em Lisboa, no meu jardim. Curiosamente, e apesar de possuir algumas flores e plantas, vejo bastantes sempre e apenas dentro das flores designadas por copo de leite, também conhecidas como jarros. Chegam a coexistir, vários, dentro da mesma flor”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de um escaravelho-das-flores (Oxythyrea funesta).

Espécie identificada por: José Manuel Grosso-Silva, responsável pelas colecções entomológicas do Museu de História Natural e da Ciência (Universidade do Porto).

Este é um escaravelho Oxythyrea funesta, uma espécie muito abundante em todo o país e boa polinizadora.

“Encontra-se com frequência em jarros, muitas vezes vários indivíduos em cada flor como descreveu a D. Maria José, mas também em flores de muitas outras plantas”, descreveu o perito.

Os adultos aparecem no início da Primavera, com um pico entre Maio e Julho, e alimentam-se de pólen e néctar.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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