A leitora Mafalda Veiga fotografou esta planta a 10 de Março perto do Forte de Oitavos, Cascais, e pediu para saber a espécie. Carine Azevedo responde.
“Fotografei esta planta junto à estrada marginal, perto do Forte de Oitavos. Achei curioso não ter folhas aparentes”, escreveu a leitora à Wilder.
Trata-se da erva-toira-denegredida (Orobanche foetida).
Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.
A estrutura floral que se vê nas fotografias é de erva-toira-denegredida (Orobanche foetida), espécie da família Orobanchaceae.
É uma planta perene que surge anualmente durante a primavera, que pode atingir cerca de 70 cm de altura.
Possui um caule robusto e flores dispostas em espiga, de cor púrpura-escura, bastante pubescestes.
Esta é uma planta parasita de outras espécies vegetais, incapaz de sobreviver sem uma planta hospedeira. A erva-toira-denegrida não possui clorofila pelo que se alimenta através das raízes das plantas vizinhas hospedeiras.
É uma espécie nativa em Portugal Continental, que pode ser vista de forma dispersa por todo território, sendo mais comum em zonas de matos, prados, pastagens, baldios ou terrenos incultos e em solos arenosos. Também surge em terrenos de cultivo onde pode provocar graves danos em algumas culturas agrícolas (Ex. girassol, tomate, grão-de-bico, fava e ervilha), uma vez que pode formar densos povoamentos, sobretudo em zonas próximas do litoral.
Agora é a sua vez.
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