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Que espécie é esta: erva-moira?

14.03.2022

O leitor António Mauritti pediu a identificação de uma planta observada na Lourinhã no início de Agosto de 2021. Carine Azevedo responde.

“Apareceu-me esta planta no meio dos morangueiros. Tem bagas. Penso ser uma Solanum chenopodioides. É infestante as suas bagas são  comestíveis?”, perguntou o leitor à Wilder.

Tratar-se-á de uma erva-moira (Solanum nigrum).

Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

Esta é uma daquelas espécies “complicadas” e que pode levar a dúvidas e erros na identificação. 

A planta da fotografia é, sem dúvidas, uma espécie do género Solanum, da família Solanaceae. Mas diria que se trata de um Solanum nigrum e não de um Solanum chenopodioides, como sugere o leitor. 

As duas espécies são muito parecidas. As características morfológicas de ambas distinguem-se pela flor, pela pilosidade, cor dos caules, entre outros. Mas a foto está muito turva e a flor, por exemplo, quando ampliada, não é de todo fácil de analisar, assim como os outros elementos morfológicos.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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