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Dióspiro-americano (Dyospiros virginiana). Foto: Anibal Correia

Que espécie é esta: dióspiro-americano

31.10.2023

O leitor Anibal Correia fotografou a 16 de Setembro estes frutos na Quinta Marquês de Valada, Dois Portos, Torres Vedras, e quis saber a que espécie pertencem. Carine Azevedo responde.

“Comprei como fruteira de ‘dióspiro rijo de roer’. Produz bagas do tamanho do medronho e muito adstrigente. O viveirista enganou-me? Por favor, do que se trata. Para mim são dióspiros minúsculos com o sabor adstrigente, mas nada como a opinião de quem sabe”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de um dióspiro-americano (Dyospiros virginiana).

Espécie identificada e texto por:  Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

O diospireiro é uma espécie nativa da China, pertencente à família botânica Ebenaceae

A espécie mais comum em Portugal é cientificamente conhecida como Dyospiros kaki. O que distingue o “dióspiro de roer ou de polpa rija” do “dióspiro de abrir ou mole” é a variedade.

As variedades distinguem-se em função da adstringência. As variedades menos adstringentes: “Fuyo”, “Perssimon”, “Hana Fuyo, “Fau Fau” e “Sharon”, são alguns exemplos de “dióspiros de roer” e podem ser consumidos imediatamente após a colheita. Já as variedades “Coroa de rei”, “Kaki” e “Roxo brilhante” são exemplos de “dióspiros moles”. Por serem mais adstringentes estas variedades necessitam de um processo de maturação adequado antes de serem consumidas.

Diria que as fotografias enviadas dizem respeito ao dióspiro-americano (Dyospiros virginiana), uma espécie nativa dos Estados Unidos da América que produz uns frutos mais pequenos, sensivelmente do tamanho de uma ameixa.

Estes frutos são adstringentes e azedos quando verdes, tornando-se mais doces, com um sabor agradável, embora um tanto quanto adstringente, quando totalmente maduros e podem ser consumidos diretamente da árvore.

Em Portugal, esta espécie é utilizada fundamentalmente como porta-enxerto da espécie Dyospiros kaki.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Equipa Wilder

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