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Que espécie é esta: crias de pintarroxo

22.09.2021

O leitor Alcides Simão encontrou, por acaso, um ninho com crias a 29 de Maio de 2020 em Reveles, no Baixo-Mondego, e pediu para saber qual a espécie. Carlos Pacheco responde.

“Chamaram-me à atenção para a presença este pequeno tesouro numa videira. O que chama mais à atenção é que não foi possível aos presentes identificar a espécie dos bebés, dado nunca termos observado a nidificação desta espécie nesta zona. Poderiam ajudar a identificá-los? Nota: Nem os bichinhos nem o ninho foi perturbado e a videira encontra-se intocada para garantir que os bichinhos permaneçam nessa relativa segurança”, escreveu o leitor à Wilder. 

Tratar-se-ão de crias de pintarroxo (Linaria cannabina).

Espécie identificada por: Carlos Pacheco, biólogo e técnico em projectos de conservação e monitorização de aves selvagens.

“Estão muito pequenos, mas são pintarroxos, quase de certeza absoluta”, disse Carlos Pacheco.

Esta ave pode observar-se ao longo do ano todo em Portugal. Mas no Inverno o número de pintarroxos no nosso país aumenta, devido à chegada de algumas aves migradoras.

É uma espécie “abundante” e “bem distribuída de norte a sul do território, apenas com algumas áreas onde está ausente, como é o caso de algumas zonas do Litoral Centro e do Baixo Alentejo”, descreve o portal Aves de Portugal.

Está associado a “matos de zonas rochosas, campos abertos entrecortados com sebes e montados esparsos, assim como matos e pastagens de altitude e costeiros.”


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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