O leitor Gilberto Raimundo fotografou esta árvore em Lisboa a 2 de Junho e pediu para saber a espécie. Carine Azevedo responde.
“Esta árvore encontra-se em Lisboa no separador do corredor bus que se inicia no Cais do Sodré e percorre a Av. 24 de Julho até Santos. Logo no início de quem está no Cais do Sodré há dois belos exemplares depois continuam intercaladas entre jacarandás até Santos. Podem ajudar-me a identifica-la? O meu palpite é que possa ser uma espécie do género Sorbus“, escreveu o leitor à Wilder.
Trata-se de uma coreutéria (Koelreuteria paniculata).
Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.
A árvore das fotografias é uma coreutéria (Koelreuteria paniculata), também conhecida como árvore-da-chuva-dourada ou saboeiro. É uma espécie exótica, nativa da China, Coreia e Japão e pertence à família Sapindaceae.
É uma espécie decídua, de pequeno e médio porte, podendo atingir até cerca de 17 metros de altura. Forma geralmente copa ampla, com forma de cúpula ou arredondada, conforme a variedade. Existem cultivares com copas mais alongadas, como a “Fastigiata”.
As folhas são compostas e verdes, mas adquirem a cor amarelada no outono, antes de caírem. A floração ocorre no verão e no outono. As flores amarelas e hermafroditas, surgem dispostas em inflorescências longas.
Os frutos são do tipo cápsulas papiráceas. São alongados, de cor verde que se vão tornando rosados a castanhos, de acordo com a fase de maturação em que se encontram e persistem na árvore por um longo período de tempo e são muito ornamentais.
A coreutéria é uma árvore ornamental bastante bonita e graciosa, além de decorativa, tanto pela floração, como pela frutificação, sendo uma excelente escolha paisagística.
Agora é a sua vez.
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