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Cobra-de-escada. Foto: Miguel Fonseca

Que espécie é esta: cobra-de-escada

09.04.2020

O leitor Miguel Fonseca fotografou uma cobra na zona de Forjães, concelho de Esposende, e pediu ajuda para identificar a espécie. Luís Ceríaco responde.

 

Trata-se de uma cobra-de-escada, que tem o nome científico Zamenis scalaris.

 

Foto: Miguel Fonseca

 

Espécie identificada por: Luís Ceríaco, especialista em répteis e investigador do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.

Estas cobras atingem um comprimento máximo de 160 centímetros, explica o guia  “Anfíbios e Répteis de Portugal”. Ocorrem em Portugal e Espanha e também numa parte de Itália e França. É entre Abril e Outubro que são mais fáceis de observar.

A cobra-de-escada é a segunda serpente com maior área de distribuição em território português, sendo ultrapassada apenas pela cobra-rateira, indica o Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal. A espécie está bem distribuída por todo o território continental, especialmente até aos 800 metros de altitude.

Estas cobras gostam de azinhais ou de sobreirais abertos. Sobretudo em paisagens agrícolas, são mais comuns na vegetação junto aos rios e nas orlas e muros que dividem os campos de cultivo.

As cobras-de-escada são muitas vezes vítimas de atropelamentos, por procurarem o calor retido no asfalto das estradas para se aquecerem durante a noite, e enfrentam a destruição do seu habitat.

 

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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