A leitora Joana Costa perguntou que espécie é esta avistada a 31 de Dezembro em Mangualde. José Carlos Brito responde.
“Gostava de saber que espécie é esta. Foi vista na Aldeia de Santo Amaro de Tavares (Mangualde) no dia 31/12/2022 pelas 15h30”, escreveu a leitora à Wilder.
Trata-se de uma cobra-de-escada (Rhinechis scalaris).
Espécie identificada por: José Carlos Brito, especialista em répteis no BIOPOLIS-CIBIO.
“Trata-se de uma cobra-de-escada (Rhinechis scalaris) identificável pela presença de duas linhas longitudinais negras (paralelas entre si) e de manchas escuras transversais, segmentadas e espaçadas, que se estendem pelo corpo amarelado”, disse José Carlos Brito.
As cobras desta espécie podem chegar aos 160 centímetros de comprimento, como explica o guia “Anfíbios e Répteis de Portugal”. Podem encontrar-se em Portugal e Espanha e ainda nalgumas regiões de Itália e França, sendo mais fáceis de observar entre Abril e Outubro.
Alimentam-se normalmente de roedores, em especial de ratos, mas também podem caçar pequenos coelhos, aves e lagartixas.
De acordo com o Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal, esta é a segunda serpente com maior área de distribuição no nosso país, apenas ultrapassada pela cobra-rateira. Encontra-se bem distribuída por todo o território continental, especialmente até aos 800 metros de altitude.
Gosta de azinhais ou sobreirais abertos. Sobretudo em paisagens agrícolas, procura a vegetação junto aos rios e as orlas e muros que dividem os campos de cultivo.
Estas cobras são muitas vezes vítima de atropelamentos, por procurarem o calor retido no asfalto das estradas para se aquecerem durante a noite, e enfrentam a destruição do seu habitat.
Agora é a sua vez.
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