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Que espécie é esta: cobra-de-água-de-colar-mediterrânica

14.06.2024

A leitora Catarina Nunes encontrou esta cobra a 30 de Maio em Pinheiro da Bemposta, Oliveira de Azeméis, e pediu ajuda na identificação da espécie. Diogo Parrinha responde.

 

“No passado dia 30 de Maio de 2024, às 12h00, visualizei no exterior da minha habitação esta cobra (foto em anexo) na zona de Pinheiro da Bemposta, Oliveira de Azeméis. Agradecia que me ajudassem a identificar esta cobra, a listar quais as características desta cobra e a esclarecer quais os cuidados que devemos ter”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma cobra-de-água-de-colar-mediterrânica (Natrix astreptophora).

Espécie identificada por: Diogo Parrinha, herpetólogo e aluno de doutoramento do BIOPOLIS/CIBIO.

“É um juvenil de cobra-de-água-de-colar-mediterrânica (Natrix astreptophora)”, respondeu Diogo Parrinha.

É uma serpente totalmente inofensiva. Geralmente encontra-se na proximidade de água, mas ao contrário da congénere cobra-de-água-viperina, pode ser encontrada relativamente longe de água.

Pode ultrapassar os 150 centímetros de comprimento total, sendo as fêmeas habitualmente maiores que os machos, segundo o Museu Virtual da Biodiversidade da Universidade de Évora.

Nesta espécie, o colar é bem marcado nos juvenis mas costuma desaparecer com a idade.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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