O leitor Mário Rodrigues fotografou esta cobra a 15 de Abril num pequeno curso de água em Fafe e pediu ajuda na identificação da espécie. Luís Ceríaco responde.
Trata-se de uma cobra-de-água-de-colar-mediterrânica (Natrix astreptophora).
Espécie identificada por: Luís Ceríaco, especialista em répteis e investigador do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.
É uma espécie completamente inofensiva.
A cobra que o leitor nos envia é um juvenil.
Em muitas regiões da Europa, a cobra-de-água-de-colar (Natrix natrix) é a espécie de cobra mais comum. Mas a taxonomia das cobras-de-água ainda está relativamente pouco estudada.
Há alguns anos, foi feita uma descoberta entusiasmante. “Até há pouco tempo, esta era considerada uma subespécie da cobra-de-água-de-colar (Natrix natrix), mas estudos recentes demonstraram que a população ibérica é diferente e tem estatuto de espécie”, explicou Luís Ceríaco. Foi, então, reconhecida como cobra-de-água-de-colar-mediterrânica (Natrix astreptophora).
Esta cobra é uma boa nadadora.
Pode ultrapassar os 150 centímetros de comprimento total, sendo as fêmeas habitualmente maiores que os machos, segundo o Museu Virtual da Biodiversidade da Universidade de Évora.
“A coloração dorsal é variável, variando entre o verde-oliváceo, o acinzentado, o acastanhado ou mesmo o pardo; exibe um padrão de pequenas manchas negras irregulares, espalhadas ao longo do corpo.”
Os juvenis “exibem duas manchas no pescoço que formam um colar amarelado e orlado de negro, sendo esta a característica responsável pelo seu nome vulgar. Esse colar desaparece à medida que o indivíduo cresce”.
Agora é a sua vez.
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