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Que espécie é esta: cobra-de-água-de-colar a engolir um sapo-comum

20.05.2020

O leitor Pedro Cruz Martins deparou-se com um episódio insólito e pediu ajuda na identificação das espécies envolvidas. Luís Ceríaco responde.

 

“Gostaria de saber o que são”, pediu este leitor, numa mensagem enviada à Wilder sobre a imagem captada em Sandiães, Vale de Cambra, no dia 3 de Maio.

Trata-se de uma cobra-de-água-de-colar (Natrix astreptophora) a comer um sapo-comum (Bufo spinosus).

 

Foto: Pedro Cruz Martins

 

Espécies identificadas por: Luís Ceríaco, especialista em répteis e investigador do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.

Esta espécie de cobra-de-água-de-colar, Natrix astreptophora, é também conhecida por cobra-de-água-de-colar-mediterrânica. Não é venenosa.

Segundo o Museu da Biodiversidade da Universidade de Évora, é uma cobra presente na Península Ibérica e Norte de África, que pode medir mais de 1,50 metro de comprimento. Pode ser encontrada em rios, ribeiros, charcos, lagos e lagoas, barragens e pântanos, mas também longe de massas de água, como prados ou zonas de cultivo.

Alimenta-se essencialmente de anfíbios adultos, como por exemplo o sapo-comum da imagem, mas também pode comer peixes, larvas de anfíbios ou vermes.



[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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