O leitor Pedro Cruz Martins deparou-se com um episódio insólito e pediu ajuda na identificação das espécies envolvidas. Luís Ceríaco responde.
“Gostaria de saber o que são”, pediu este leitor, numa mensagem enviada à Wilder sobre a imagem captada em Sandiães, Vale de Cambra, no dia 3 de Maio.
Trata-se de uma cobra-de-água-de-colar (Natrix astreptophora) a comer um sapo-comum (Bufo spinosus).
Espécies identificadas por: Luís Ceríaco, especialista em répteis e investigador do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.
Esta espécie de cobra-de-água-de-colar, Natrix astreptophora, é também conhecida por cobra-de-água-de-colar-mediterrânica. Não é venenosa.
Segundo o Museu da Biodiversidade da Universidade de Évora, é uma cobra presente na Península Ibérica e Norte de África, que pode medir mais de 1,50 metro de comprimento. Pode ser encontrada em rios, ribeiros, charcos, lagos e lagoas, barragens e pântanos, mas também longe de massas de água, como prados ou zonas de cultivo.
Alimenta-se essencialmente de anfíbios adultos, como por exemplo o sapo-comum da imagem, mas também pode comer peixes, larvas de anfíbios ou vermes.
[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.
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