A leitora Ana Elisa Antunes encontrou esta cobra a 26 de Abril em Amarante e pediu ajuda na identificação da espécie. Diogo Parrinha responde.
“Encontrei esta cobra no jardim, estava enrolada e virada ao contrário. Pensei que poderia estar morta porque tenho gatos. Peguei nela com a pá e pu-la no monte. Fui espreitar agora e já não estava no sítio e, portanto, devia estar viva e assustada. Gostaria de saber se pelas manchas interiores conseguem identificar. Era num sítio muito próximo de casa, sei que não temos muitas cobras venenosas, mas ainda assim é melhor estar informada”, escreveu a leitora à Wilder.
Trata-se de uma cobra-de-água-de-colar (Natrix astreptophora).
Espécie identificada por: Diogo Parrinha, herpetólogo e aluno de doutoramento do BIOPOLIS/CIBIO.
“É uma Natrix astreptophora, neste case parece estar a fingir-se de morta, um comportamento defensivo chamado tanatose”, explicou Diogo Parrinha.
É uma serpente totalmente inofensiva. Geralmente encontra-se na proximidade de água, mas ao contrário da congénere cobra-de-água-viperina, pode ser encontrada relativamente longe de água.
Pode ultrapassar os 150 centímetros de comprimento total, sendo as fêmeas habitualmente maiores que os machos, segundo o Museu Virtual da Biodiversidade da Universidade de Évora.
Nesta espécie, o colar é bem marcado nos juvenis mas costuma desaparecer com a idade.
Pode gostar de saber que temos Fichas de Campo Wilder sobre estas espécies:
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- Aranhas
- Cogumelos
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