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Foto: Robert Popken

Que espécie é esta: coalhadas ou pútegas

22.06.2020

O leitor Robert Popken encontrou uma estranha planta perto do rio Guadiana, do lado espanhol da fronteira, e quis saber a espécie. A associação Ecofungos responde.

 

“Em 2002 encontrei no Inverno esta ‘planta’ numa zona húmida. Nunca cheguei a descobrir o nome ou que é”, explicou Robert Popken, questionando se a planta fotografada na zona de um “pequeno ‘canal’, onde a água da chuva corre quando chove muito”, seria afinal um fungo.

A zona onde este exemplar foi observado encontra-se “mais ou menos a 10 km para leste do rio Guadiana e a 10 km para nordeste de Ayamonte”, detalhou.

 

Foto: Robert Popken

 

A espécie que observou não é um fungo mas sim uma planta parasita, da espécie Cytinus hypocictis. É conhecida pelos nomes comuns coalhadas ou pútegas.

Espécie identificada por: Ecofungos – Associação Micológica.

“As plantas desta espécie são parasitas das raízes de Cistáceas arbustivas, como é o caso da Cistus salvifolius (sanganho-mouro), Cistus ladanifer (esteva), Cistus monspeliensis (sargação), entre outras”, explica ainda a mesma associação.

De acordo com o portal Flora-On, trata-se de uma planta que se encontra igualmente em Portugal Continental, onde nasce naturalmente de norte a sul do país.

É um parasita em que “todo o corpo vegetativo da planta [raíz, caule e folhas] se encontra dentro do hospedeiro, consistindo em filamentos que se desenvolvem dentro das suas raízes”, explica o mesmo portal.

 

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o localTrabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

 

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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