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Que espécie é esta: chapéu-de-bruxa

11.12.2020

A leitora Lara Ramos fotografou estes cogumelos no Parque Florestal de Monsanto, em Lisboa, a 1 de Dezembro, e pediu ajuda para saber a espécie. A associação Ecofungos responde.

“Encontrei estes delicados cogumelos no Parque Florestal de Monsanto em Lisboa, no passado dia 1 de Dezembro. Não medi exatamente mas teriam uns 10cm de altura no máximo. De que espécie se trata? É venenoso?”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de um chapéu-de-bruxa (Hygrocybe conica).

Espécie identificada e texto por:  Ecofungos – Associação Micológica.

Trata-se de uma Hygrocybe conica, conhecida em inglês como “chapéu-de-bruxa” (“witch’s hat”, no original).

Esta espécie tem uma particularidade interessante: oxida quando é manuseada, com alguma rapidez, ficando com cor escura/negra na zona do toque.  

O chapéu é cónico a aplanado, nunca perdendo, no entanto, a forma central cónica.

As lâminas são amareladas e afastadas. O pé é central e muito fibroso, notando-se essa caraterística na observação a olho-nú. 

Os exemplares escurecem com a idade.

As espécies de cogumelos do género Hygrocybe são muito fotogénicas pelas cores fortes e vivas que possuem.

Estes cogumelos são decompositores e surgem em prados com muita frequência.

Não são comestíveis.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


Já que está aqui…

Apoie o projecto de jornalismo de natureza da Wilder com o calendário para 2021 dedicado às aves selvagens dos nossos jardins.

Com a ajuda das ilustrações de Marco Nunes Correia, poderá identificar as aves mais comuns nos jardins portugueses. O calendário Wilder de 2021 tem assinalados os dias mais importantes para a natureza e biodiversidade, em Portugal e no mundo. É impresso na vila da Benedita, no centro do país, em papel reciclado.

Marco Nunes Correia é ilustrador científico, especializado no desenho de aves. Tem em mãos dois guias de aves selvagens e é professor de desenho e ilustração.

O calendário pode ser encomendado aqui.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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