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Que espécie é esta: chagas ou capuchinha

02.06.2020

A leitora Beatriz Pinho fotografou umas flores laranjas na zona de Cascais, no dia 23 de Fevereiro, e quis saber a espécie. O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra responde.

 

Trata-se de chagas, planta que é conhecida também por capuchinha ou agrião-do-México com o nome científico Tropaeolum majus.

Espécie identificada por: Filipe Covelo, colaborador do Jardim Botânico e do Herbário da Universidade de Coimbra (UC), no âmbito do projecto PRISC (Portuguese Research Infrastructure of Scientific Collections). O Jardim Botânico da UC tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual pode enviar as perguntas e dúvidas que tiver sobre plantas ([email protected]).

 

 

As chagas pertencem à família Tropaeolaceae, indicou este investigador.

“É uma espécie naturalizada em vários países devido ao seu cultivo para fins ornamentais, medicinais e alimentares. A área de origem nativa é algo incerta, supõe-se será da região dos Andes”, acrescentou Filipe Covelo.

Esta planta é muito utilizada em jardins e na agricultura biológica, sendo conhecida por atrair insectos polinizadores. No entanto, em Portugal está classificada como espécie invasora pelo Decreto-Lei nº92/2019, pelo que é actualmente “interdita a detenção, cultivo, criação, comércio, introdução na natureza e o repovoamento de espécimes” desta espécie.

 

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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