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Que espécie é esta: cardo-roca

06.09.2021

A leitora Patrícia Aguiar fotografou esta planta na Amadora a 20 de Agosto e pediu para saber a espécie. Carine Azevedo responde.

“Ao fazer uma caminhada na Amadora encontrei estes cactos rasteiros. Uma vez que já estão secos, não consigo identificar ao certo se são Carlina acaulis ou acanthifolia. Ou outra espécie! Podem ajudar-me, sff?”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de um cardo-roca (Chamaeleon gummifer).

Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

A planta da fotografia é uma espécie da família Asteraceae.

Cientificamente, esta espécie já foi nomeada como sendo Carlina gummifera e Atractylis gummifera, no entanto a denominação científica mais atual é Chamaeleon gummifer.

O cardo-roca (Chamaeleon gummifer), como é vulgarmente conhecida, é uma planta herbácea perene.

Pode crescer até 20 cm de altura, possui uma raiz grande e lenhosa e produz um suco, adocicado, pegajoso e aromático. As folhas são espinhosas e formam uma roseta basal.

O cardo-roca floresce no final do verão, altura em que as folhas estão quase completamente secas. As flores surgem ao nível do solo e cada planta possui uma flor única, rodeada de folhas espinhosas involucrais, de cor rosa escuro a violeta.

É uma espécie nativa de Portugal continental, sendo frequente nas regiões do centro e sul. Tem preferência por zonas soalheiras e quentes, podendo encontrar-se em zonas abertas de matos e em prados e pastagens de solos calcários.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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