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Que espécie é esta: caracol Xeroplexa olisippensis

03.03.2022

O leitor Fábio João encontrou este caracol na zona de Vila de Rei a 22 de Fevereiro e pediu ajuda na identificação da espécie. Gonçalo Calado responde.

“Encontrei uma espécie de caracol com a curiosa característica de apresentar duas faces muito diferentes. Uma escura e outra clara. Na zona de Vila de Rei. Conseguem identificar?”, escreveu o leitor à Wilder.

Tratar-se-á do caracol Xeroplexa olisippensis.

Espécie identificada por: Gonçalo Calado, professor da Universidade Lusófona.

“Baseado nas fotos e na localização é muito provável que se trate de Xeroplexa olisippensis (Servain, 1880), até 2018 atribuída ao género Candidula“, explicou Gonçalo Calado.

Este caracol vive em habitats ruderais, espaços florestais abertos, prados, nas margens dos rios e até mesmo em dunas, debaixo de pedras ou de tufos de vegetação.

É uma espécie de caracol terrestre endémica de Portugal. Pertence à família Geomitridae.

As cores das conchas nesta espécie podem variar entre populações. O tamanho destes caracóis pode chegar aos nove milímetros.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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