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Que espécie é esta: borboleta nocturna Uresiphita gilvata

29.11.2021

A leitora Teresa Patrício fotografou estas lagartas em Novembro na Várzea de Cacela, Algarve, e quis saber qual a espécie a que pertencem. Eduardo Marabuto responde. 

“Centenas destas lagartas invadiram e destruíram uma Anágira (Anagyris foetida) no Jardim Representativo da flora do Algarve – várzea de Cacela. Sem predador que minimize a praga, foram erradicadas manualmente o quanto possível durante uma semana. Venho a saber que esta lagarta se encontra em vários sítios do litoral entre Cacela e Altura, no concelho de Vila Real de Santo António”, escreveu a leitora à Wilder.

Tratam-se de lagartas da borboleta nocturna Uresiphita gilvata.

Espécie identificada por: Eduardo Marabuto, entomólogo.

“A leitora não precisa de se preocupar já que a planta afectada e outras Fabáceas arbustivas são o alimento natural destas lagartas, de Uresiphita gilvata. Periodicamente podem causar desfolhamento mas as plantas costumam recuperar bem após o inverno”, explicou Eduardo Marabuto.

Esta espécie, que foi descrita em 1794, pertence à família Crambidae.

Ocorre na Europa e no Norte de África.

Os indivíduos adultos têm uma envergadura de asa que pode chegar aos 37 milímetros. Normalmente voam de Setembro a Outubro, dependendo da localização.

Indivíduo adulto. Foto: Engeser/WikiCommons

As lagartas alimentam-se de várias plantas herbáceas, incluindo as UlexCytisus e Genista.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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