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Que espécie é esta: borboleta-monarca

06.08.2020

A leitora Mariana Nunes encontrou esta borboleta no seu quintal em Albufeira, em Julho, e quis saber a espécie. Eva Monteiro responde. 

 

“Há algumas semanas encontrei esta borboleta morta no meu quintal. Gostei muito do seu padrão e achei curioso o seu tamanho! Por favor, podiam ajudar-me a identificá-la?”, escreveu Mariana Nunes à Wilder.

 

 

 

Trata-se da borboleta monarca (Danaus plexippus).

Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta é, provavelmente, a mais famosa das borboletas.

As suas populações são naturais da América do Norte e são conhecidas por realizarem a mais longa migração realizada por um invertebrado numa única geração, a quarta geração.

Os indivíduos desta geração eclodem dos seus ovos no Canadá e atingem o estado adulto em Setembro, altura em que voam em grandes grupos, num espetáculo ímpar, cerca de 4000 km até chegarem ao México onde passam o Inverno em grandes aglomerações.

Infelizmente, devido à destruição dos habitats onde hibernam, estas populações estão muito ameaçadas com declínios de mais de 80% nos últimos 25 anos.

Com grande potencial de voo e de dispersão, as monarcas também colonizaram nos últimos 200 anos a Europa, Norte de África e a Austrália.

Em Portugal, temos populações residentes no Algarve e no Alentejo litoral, em locais onde existe a sua planta hospedeira, o algodoeiro-falso (Gomphocarpus fruticosus). 

Tal como nos restantes locais colonizados recentemente as populações portuguesas de monarca não são migradoras.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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