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Que espécie é esta: bicho-pau-indiano

17.05.2022

A leitora Ana Assunção fotografou este insecto a 11 de Maio em Sesimbra e quis saber qual a espécie a que pertence. José Manuel Grosso-Silva responde.

“Tenho uma moradia na Cotovia, Sesimbra, com quintal e esta manhã, 11/05/2022, descobri este bichinho na grada da varanda. Pareceu um bicho pau mas não tenho certeza”, escreveu a leitora à Wilder.

Tratar-se-á de um bicho-pau-indiano (Carausius morosus).

Espécie identificada por: José Manuel Grosso-Silva, responsável pelas colecções entomológicas do Museu de História Natural e da Ciência (Universidade do Porto).

“Apesar da foto não mostrar muito nitidamente a parte anterior do corpo, parece-me um bicho-pau-indiano, Carausius morosus“, disse José Manuel Grosso-Silva.

Esta é uma “espécie de origem indiana introduzida tanto em Portugal continental como em ambas as regiões autónomas”, explicou José Manuel Grosso-Silva.

Não se sabe exatamente quando foi introduzida em Portugal, encontrando-se atualmente dispersa por várias áreas.

Esta espécie alimenta-se à noite, quando está activa. Durante o dia, estes insectos descansam, muitas vezes com as patas alinhadas com o corpo nas plantas das quais se alimentam. 

Quando são perturbados, os bichos-pau-indianos têm as suas estratégias de defesa. Uma delas é fingirem-se de mortos, ficando com o corpo rígido; outra é balançarem-se para simularem o movimento da vegetação ao vento e passarem despercebidos.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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