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Que espécie é esta: betónica-da-Alemanha

18.05.2021

O leitor Pedrosa Sinistro fotografou esta planta na zona de Sintra, a 18 de Abril e quis saber a que espécie pertencem. Carine Azevedo responde.

Tratar-se-á de uma betónica-da-Alemanha (Stachys germanica).

Espécie identificada e texto por:  Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

A planta que surge nesta fotografia é uma espécie do género Stachys, da família Lamiaceae

Apesar de alguns elementos morfológicos não estarem disponíveis para uma identificação mais exata, a planta presente parece ser uma betónica-da-Alemanha, também conhecida, por alguns autores, como erva-da-ferida (Stachys germanica).

É uma espécie nativa da Europa e parte da Ásia. Em Portugal aparece espontaneamente na região centro e sul do território continental, em orlas e clareiras de bosques e em zonas de matagal.

Esta planta bienal ou perene de curta duração possui caules direitos, esbranquiçados e tomentosos com 30 a 100 cm de altura. As folhas são verdes na página superior e esbranquiçadas a acinzentadas na página inferior, pela presença de tomento. As flores brancas a rosadas dispõem-se em inflorescências, formando uma espiga alongada, florescendo entre abril e junho.

Segundo alguns estudos etnobotânicos esta planta é usada no tratamento de feridas.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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