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Que espécie é esta: besouro-capuchinho

12.05.2021

A leitora Maria Silva fotografou esta espécie a 2 de Maio perto da praia da Galé, Albufeira, e pediu ajuda na identificação. José Manuel Grosso-Silva responde.

O insecto foi encontrado na falésia junto à praia da Galé em Albufeira, explicou a leitora à Wilder. 

Trata-se de um besouro-capuchinho (Heliotaurus ruficolis).

Espécie identificada por: José Manuel Grosso-Silva, responsável pelas colecções entomológicas do Museu de História Natural e da Ciência (Universidade do Porto).

Este é um Heliotaurus ruficollis, “uma das espécies mais abundantes e mais frequentemente fotografadas hoje em dia”, disse José Manuel Grosso-Silva.

É uma espécie nativa da Região Mediterrânica Ocidental e pode medir até 1.6 centímetros de comprimento.

O seu corpo é oval e totalmente negro excepto o primeiro segmento do tórax que é vermelho, descreve o projecto FCT Viva, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

“As antenas são compridas e têm 11 segmentos. As asas anteriores são rijas e brilhantes com estrias longitudinais, do comprimento do corpo, servindo de protecção às asas posteriores que são membranosas.”

“Os adultos alimentam-se de néctar e pólen, sendo importantes polinizadores da flora Mediterrânica. Contudo, podem ocasionar estragos em culturas, pois também consomem as flores. As larvas alimentam-se no solo, de fungos e matéria orgânica que se encontrem sobre madeira em decomposição.”

“É possível observar esta espécie nos meses de Primavera e Verão.”


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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