O leitor Jorge Loureiro fotografou esta flor na Mata da Machada, no Barreiro, a 8 de Janeiro e pediu ajuda na identificação. Carine Azevedo responde.
“Pequenas e isoladas neste inverno, com uma forma que nunca tinha visto, mas não sei o nome”, escreveu o leitor à Wilder.
Trata-se da espécie beijos-de-frade ou trevo-azedo-rosa (Oxalis purpurea).
Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.
Trata-se de uma espécie exótica, nativa do Nativa do sul de África, vulgarmente conhecida como beijos-de-frade ou trevo-azedo-rosa (Oxalis purpurea).
É uma pequena planta herbácea, da família Oxalidaceae, que forma pequenas rosetas ou montículos de folhas trifoliadas (semelhantes aos trevos) e verde-escuras.
As flores são formadas por cinco pétalas que se abrem como uma trombeta durante o dia e que se enrolam à noite. São geralmente rosadas a lilás e podem ser muito escuras e intensamente coloridas ou muito pálidas. A base das pétalas é amarelada.
A floração desta planta inicia-se ainda no final do outono, prolongando-se até à primavera, altura em a floração é mais intensa.
As flores de Oxalis purpurea são polinizadas predominantemente por abelhas e outros polinizadores generalistas. Os bolbos são frequentemente consumidos por roedores.
Em Portugal, esta espécie encontra-se listada no Decreto-Lei nº 92/2019, de 10 de julho, classificada como espécie invasora.
Agora é a sua vez.
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