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Que espécie é esta: bardana-menor

19.08.2022

O leitor Hugo Neto fotografou esta planta em Campelos, Torres Vedras, a 9 de Agosto e pediu para saber a que espécie pertence. Carine Azevedo responde.

“Gostaria que me ajudassem a identificar esta planta que encontrei em Campelos, Torres Vedras em 9 de Agosto de 2022”, escreveu o leitor à Wilder.

 Trata-se de uma bardana-menor (Xanthium strumarium).

Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

Tudo indica que a planta das fotografias é uma bardana-menor (Xanthium strumarium), também conhecida como carrapicho-de-carneiro e carrapicho-grande. 

A bardana-menor é uma espécie da família Asteraceae, com uma vasta distribuição pela Europa, Ásia e norte de África. 

É uma espécie nativa de Portugal, ocorrendo um pouco por todo o território continental, nomeadamente em locais com muita humidade e frequentemente na proximidade de cursos de água.

A bardana-menor é uma planta anual, que pode atingir até 120 centímetros de altura. 

É uma planta geralmente muito ramificada da base, com folhas verdes, longamente pecioladas e com uma forma ovada a triangular, ou por vezes também em forma de coração.

Esta planta floresce de junho a outubro e as flores surgem em inflorescências axilares ou terminais e os frutos são cipselas ovóides e sem papilho.

A bardana-menor é utilizada em fitoterapia, para controlo de diabetes e possui também efeitos sudoríferos e diuréticos. 

É considerada uma planta tóxica para os animais herbívoros.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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