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Que espécie é esta: aranha-tecedeira-de-cruz-cosmopolita

18.03.2022

A leitora Rita Arez encontrou esta aranha em Paço de Arcos a 5 de Janeiro e pediu ajuda na identificação. Pedro Sousa responde.

“Estive a ver o vosso site porque me mandaram este link como sendo a aranha que apareceu em nossa casa mas não me parece que seja essa a espécie. Conseguem confirmar que é a mesma espécie?”, perguntou a leitora à Wilder.

Trata-se de uma aranha-de-cruz (Araneus diadematus).

Espécie identificada e texto por: Pedro Sousa, investigador do CIBIO-InBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos).

É uma aranha de cruz, neste caso muito provavelmente uma tecedeira-de-cruz-cosmopolita (Araneus diadematus).

Mas em Portugal há ainda outra aranha de cruz, a tecedeira-de-cruz-pálida (Araneus pallidus).

As fêmeas das duas espécies são muito semelhantes, mas na foto podemos ver que a aranha tem duas projeções (ou tubérculos) não muito grandes na parte de cima do abdómen (que é alongado). Para além disso as restantes marcas do abdómem, a que se chama folium, são muito distintas e bem marcadas.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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