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Que espécie é esta: aranha-saltadora-preta

16.07.2021

A leitora Graça Mendes encontrou esta aranha em Amarante a 17 de Maio e pediu ajuda para saber qual a espécie. Sérgio Henriques responde.

“Encontrei esta aranha no meu jardim a transportar uma mosca com alguma dificuldade. Envio as imagens em anexo para que possam ajudar-me a identificar”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma aranha-saltadora-preta (Heliophanus cupreus).

Espécie identificada e texto por: Sérgio Henriques, líder do grupo de especialistas em aranhas e escorpiões da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e especialista da Sociedade Zoológica de Londres.

Esta parece ser uma fêmea de Heliophanus cupreus, uma papa moscas (Salticidae).

Em Inglaterra chama-se vulgarmente “copper sun spider”, pela beleza dos seus reflexos.

Estas aranhas são bem pequenas mas muito bonitas. Os machos podem medir até 4 milímetros e as fêmeas 5,8 milímetros.

Ocorrem em toda a Europa, à excepção da Islândia.

Os adultos de ambos os sexos podem ser vistos mais frequentemente em Maio, Junho e Julho e as fêmeas persistem até ao Outono.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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