Que espécie é esta: aranha Nephilingis cruentata

11.03.2020

A leitora Mayara Desiderati fotografou esta aranha a 27 de Fevereiro num apartamento de Teresópolis, Brasil, e quis saber a que espécie pertencem. Sérgio Henriques responde.

 

 

Foto: Mayara Desiderati

 

Tratar-se-á de uma aranha Nephilingis cruentata.

Espécie identificada e texto por: Sérgio Henriques, líder do grupo de especialistas em aranhas e escorpiões da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e especialista da Sociedade Zoológica de Londres.

Embora a fotografia não seja de boa qualidade, e deixe algumas dúvidas, esta aranha parece ser uma fêmea de Nephilingis cruentata.

Se estou correcto na minha identificação, esta é uma aranha originária de África, mas que já foi encontrada no Brasil.

É inofensiva e relativamente comum em casas e outras infrastructuras.

Esta espécie constrói teias orbiculares, normalmente no canto dos tectos, e vive dentro de um abrigo onde raramente é vista.

Para este pequena criatura estar exposta assim, deve ter sido perturbada e é por isso que anda cá fora.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

 

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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