O leitor Aldiro Pereira deparou-se com uma bonita aranha em São Marcos, perto de Albergaria-a-Velha, e quis saber a espécie. Pedro Sousa responde.
“Precisava que me identificassem esta aranha-caranguejeira. Fotografei-a há uns anos e depois disso nunca mais encontrei outra igual”, explicou Aldiro Pereira, acrescentando ainda outra pergunta: “Todas as aranhas mudam de cor? Ou é apenas a aranha-caranguejeira da espécie Misumena vatia?“.
Trata-se de uma aranha-florícola-de-tubérculos, que tem o nome científico Thomisus onustus.
Espécie identificada por: Pedro Sousa, biólogo com vasta experiência na identificação de espécies de aranhas autóctones de Portugal e especialista do grupo Aranhas e Escorpiões da IUCN SSC.
Pedro Sousa explica que em Portugal “há algumas espécies pertencentes à família Thomisiidae que podem mudar de cor para melhor se camuflarem em flores, embora não seja um processo instantâneo”. A família Thomosiidae agrupa todas as diferentes espécies de aranhas-caranguejo.
É o caso da aranha-florícola-de-tubérculos, que pertence a essa família. Em vez de construírem teias, as aranhas-caranguejo ficam camufladas em cima de flores e esperam que um insecto mais distraído ali pouse, para assim o caçarem.
Em Portugal, a aranha-florícola-de-tubérculos é comum, sendo mais observada entre a Primavera e o início do Verão. As fêmeas conseguem mudar de cor entre o rosa, o amarelo e o branco, para ficarem iguais às flores onde se escondem e assim apanharem de surpresa os insectos voadores. Quanto aos machos, que são mais pequenos, são acastanhados ou esverdeados.
Agora é a sua vez.
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