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Que espécie é esta: aranha do género Poecilochroa

13.08.2019

A leitora Teresa Neves encontrou esta aranha a 13 de Julho no espaço EVOA (Vila Franca de Xira) e pediu ajuda na identificação. Sérgio Henriques responde.

Trata-se de uma aranha do género Poecilochroa.

Espécie identificada por: Sérgio Henriques, líder do grupo de especialistas em aranhas e escorpiões da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e especialista da Sociedade Zoológica de Londres.

Esta é uma das 829 espécies de aranhas que estão descritas até agora para Portugal Continental (Branco et al. 2019).

A aranha que a Teresa Neves encontrou será um macho adulto à procura de uma fêmea para se reproduzir ainda neste Verão, explicou Sérgio Henriques.

O Poecilochroa é um género com alguma diversidade e pouco estudado. As aranhas que pertencem a este género são aranhas de solo, que não fazem teia.

Por isso têm estratégias de caça diferentes. Para predarem insectos e até aranhas bem maiores do que elas, estas aranhas são caçadoras mais activas que usam a astúcia, a velocidade, a força e o veneno para subjugar as presas.

Uma característica marcante nas aranhas deste género é a coloração: o padrão cinzento ou branco em fundo negro. Ainda assim há espécies deste género que não a têm, como a Poecilochroa taborensis.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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