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Que espécie é esta: anoneira-comum

22.03.2022

Um grupo de alunas do Colégio Militar, em Lisboa, fotografou esta árvore em Fevereiro no espaço escolar e quer saber qual é a espécie. Carine Azevedo responde.

Trata-se de uma anoneira-comum (Annona cherimola).

Espécie identificada e texto por:  Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

A anoneira-comum (Annona cherimola) é uma espécie da família Annonaceae, nativa da região oeste da América do Sul, em países como o Equador, Bolívia, Peru e Chile.

É uma árvore de pequeno a médio porte, que pode atingir entre cinco a nove metros de altura.

Possui porte ereto, folhagem densa e é geralmente muito ramificada. 

As folhas são verdes, simples e inteiras.

As flores são perfumadas e pouco atrativas. São hermafroditas, solitárias ou, por vezes, ocorrem agrupadas em conjuntos de 2 a 3 flores. As flores são amareladas e dão origem ao fruto.

O fruto tem um formato variável, e pode ser esférico, ovoide ou cónico, com um comprimento de 7 a 12 cm. A pele do fruto é fina, delicada, verde-clara e a superfície é coberta por marcas em forma de U. No interior possui uma polpa cremosa, moderadamente suculenta e esbranquiçada, com um sabor agridoce. As sementes, que se encontram envolvidas nessa polpa, são numerosas, duras, com uma cor castanho-escura a preto.

A anoneira-comum é bastante rústica e é amplamente cultivada nos arquipélagos da Madeira e Açores. Também ocorre com frequência nas regiões mais quentes do território continental, requerendo locais soalheiros, protegidos da geada.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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