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Que espécie é esta: andorinhão-pálido

05.11.2021

A leitora Leonor Galvão encontrou esta ave a 30 de Outubro na zona do Fluvial, Porto, e quis saber qual a espécie a que pertence. Gonçalo Elias responde.

“No passeio matinal com a minha fiel amiga canina, encontrámos um pássaro que estava aninhado na estrada. Peguei nele e não ofereceu qualquer resistência. Não tinha sinais de estar ferido. Sem saber o que fazer, recolhi-o e chamei o Centro de Recolha de Animais do Porto. Vieram muito rápido e levaram para cuidar. A equipa que o recolheu não me soube dizer que espécie era. Ficámos curiosos. Podem-nos ajudar a saber mais?”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de um andorinhão-pálido (Apus pallidus).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

Nesta altura do ano, “a maioria dos andorinhões já abalou mas esta espécie (Apus pallidus) tem uma época de nidificação muito alargada e, por vezes, alguns indivíduos partem mais tarde, possivelmente porque a reprodução atrasou”, explicou Gonçalo Elias.

Os andorinhões-pálidos medem entre 16 e 18 centímetros. A envergadura de asa é de 39 a 44 centímetros.

Alimentam-se de insectos voadores e fazem ninhos em cavidades, de preferência perto do litoral. Há grandes colónias em Lisboa, Setúbal e Faro. A incubação dura 21 dias e as aves abandonam o ninho aos 46 dias de idade.

O mais provável é confundir esta espécie com o andorinhão-preto. A forma de os distinguir é que o pálido tem as asas mais largas e o corpo mais arredondado. Além disso não é tão escuro.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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