Um grupo de alunos do Colégio Militar, em Lisboa, fotografou esta planta a 20 de Março no espaço escolar e quer saber qual é a espécie. Carine Azevedo responde.
Trata-se de um aloé-candelabro (Aloe arborescens Mill.).
Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.
A espécie fotografada é vulgarmente conhecida como aloé, aloé-candelabro, babosa, foguetes-de-Natal ou vela (Aloe arborescens Mill.).
Pertence à família Asphodelaceae e é originária da África do Sul.
É uma planta suculenta, de porte arbustivo que pode atingir até três metros de altura. O caule é ramificado e possui base lenhosa.
As folhas surgem dispostas em roseta de até 1,5 metros de diâmetro, são longas e carnudas, de cor verde-azulada e com margens dentadas por espinhos agudos.
A floração ocorre no final do inverno. As flores surgem agrupadas em inflorescências erectas e longas. São vermelhas, laranjas ou amarelas, tubulares, muito vistosas e atrativas para os polinizadores.
O fruto é uma cápsula.
As folhas, quando cortadas, revelam uma seiva transparente, como um gel, daí o nome comum babosa. Este gel é muito eficiente no tratamento de queimaduras, irritações e abrasões da pele, além de possuir muitas outras propriedades terapêuticas e cosméticas.
A Aloe arborenscens é também uma planta ornamental interessante, bastante utilizada no paisagismo subtropical, sendo indicada para jardins em composições com cactos e outras suculentas, e para cercas defensivas.
Agora é a sua vez.
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