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Que espécie é esta: águia-d’-asa-redonda

12.08.2019

O leitor António Mendes observou esta ave a 9 de Junho em Mirandela e pediu ajuda na identificação. Gonçalo Elias responde.

Trata-se de uma águia-d’-asa-redonda, também conhecida como bútio-comum (Buteo buteo).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

Esta é uma rapina média com cerca de 110 a 130 centímetros de envergadura de asa.

Segundo o portal Aves de Portugal, esta é uma das rapinas mais abundantes em Portugal e é a única espécie de ave de rapina que está presente em todas as regiões do país.

Podemos vê-la durante todo o ano. No Inverno, a população é engrossada com as águias que chegam para passar os meses mais frios, vindas do Norte da Europa.

Esta é uma ave castanha escura e com patas claras. É mais fácil de identificar quando está pousada, porque podemos ver a característica marca em meia-lua que tem no peito.

Começa a nidificar a partir do final de Fevereiro, altura em que as paradas nupciais se notam com maior intensidade, segundo o livro Aves de Portugal – Ornitologia do território continental (Assírio & Alvim, 2010).

Alimenta-se de pequenos mamíferos, aves, répteis, anfíbios, insectos e vermes.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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