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Que espécie é esta: abelha do género Osmia

15.04.2021

O leitor Eduardo Marques fotografou esta abelha a 15 de Abril no Vale do Rodrigo, Ferreira do Zêzere, e quis saber qual a espécie a que pertence. Albano Soares responde.

“Deparei-me com esta situação que não sei explicar hoje (15/04/2021) no Vale do Rodrigo, freguesia de Areias e Pias, Ferreira do Zêzere. Parece uma abelha, mas nunca vi nenhuma a carregar ‘algo’ nas costas. Parecem umas bolinhas que se assemelham a ovos, ou pólen, ou talvez algo parasitário”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de uma abelha do género Osmia.

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta abelha é uma Osmia carregada de ácaros parasitas, explica o perito.

As abelhas deste género, e que pertencem à família Megachilidae, são insectos polinizadores. Usam lama ou barro para construir os seus ninhos em fendas ou pequenas cavidades.

Ao contrário das abelhas-do-mel, estas são abelhas solitárias. Cada fêmea é fértil e faz o seu próprio ninho.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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