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Foto: Andreas Trepte

Há duas novas crias de galheta nas Berlengas que podemos ver em directo

19.04.2017

No arquipélago das Berlengas, há um ninho de galhetas (Phalacrocorax aristotelis) onde nasceram duas crias nos últimos dias, que tem uma câmara a transmitir em directo para o site do projecto Life Berlengas.

 

Coordenado pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (Spea), o Life Berlengas é cofinanciado pela União Europeia e destina-se a estudar a biodiversidade no arquipélago e a introduzir novas medidas de conservação de algumas espécies neste arquipélago ao largo de Peniche.

O ninho que está a ser filmado em directo, por uma câmara instalada nas proximidades, localiza-se numa das falésias no lado Sul da principal ilha do arquipélago, próximo do forte.

Dos três ovos que foram postos em meados de Março, o primeiro eclodiu a 15 de Abril, anunciou a Spea, que publicou um vídeo da primeira cria. Passados três dias, esta terça-feira, dia 18, quem segue o ninho em directo conseguiu assistir ao nascimento de mais uma ave, pelo que resta apenas um ovo.

 

Primeira Cria de Galheta nas Berlengas – 2017

Já nasceu a 1ª cria de galheta de 2017, nas Berlengas!O ovo foi posto a 12 de março e esteve a ser incubado pelos progenitores, tendo a cria de galheta, a nossa Ave do Ano 2017, eclodido no sábado passado, dia 15 de abril! Este é o 1º dos 3 ovos postos no ninho que a nossa equipa do Life Berlengas está a seguir.Siga a nova vida desta família no nosso ninho online: www.berlengas.eu/ninho-ao-vivo.#lifeberlengas #AvedoAnoSPEA

Gepostet von SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves am Dienstag, 18. April 2017

 

A galheta, espécie também conhecida por corvo-marinho-de-crista, foi escolhida pela Spea como a Ave do Ano 2017. Esta espécie nidifica entre Fevereiro e Julho, isoladamente ou em pequenas colónias nas falésias, na costa e também em ilhéus, indica a associação.

Em Portugal, está presente durante todo o ano, mas tem uma população pequena e pode observar-se apenas nalguns locais, nomeadamente nas Berlengas e nalgumas zonas da costa sudoeste (Cabo da Roca, Cabo Espichel/Arrábida e costa sudoeste).

Nas Berlengas, a espécie tem sido monitorizada com regularidade durante os últimos 30 anos, contando 82 casais em 2012.

 

[divider type=”thin”]Saiba mais.

Espreite aqui o ninho ao vivo.

Em Portugal, a galheta pode ser facilmente confundida com o corvo-marinho-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo), que é muito mais comum. Aprenda a distinguir as duas espécies.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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